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NOVO: Sistema Acadêmico é implantado no CESF

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A Família CESF aguarda seu filho!

Aqui você encontrará muita interação no CESFolia, no CESForró, nas Semanas do Meio Ambiente, do Estudante e nas Feiras.

Atividades interdisciplinares para facilitar aprendizagem

Professores se integram na busca por uma melhor compreensão dos conteúdos escolares.

Alunos e ex-alunos se envolvem com a música na FANCESF

Os professores Zevaldo Sousa, Elan Kilder e Naineide são os responsáveis pelo ensino de música no CESF.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Prorrogado prazo de inscrição para o Teste de Seleção para alunos novos

O Centro Educacional "Simões Filho", tem o prazer em publicar, esta nota pública convocando aos interessados em matricular seus filhos no colégio que haverá um Teste de Seleção para alunos novos, com a possibilidade de obtenção de descontos especiais a depender do resultado. As inscrições começaram no dia 19 novembro e se encerram no dia 5 de novembro de 2012.

A taxa de inscrição será de:
1º ano Ens. Fund. - R$ 20,00
2º ano Ens. Fund. ao 3º Ens. Médio - R$ 25,00

Data do teste de seleção: 
6 de dezembro – quinta-feira - Português
7 de dezembro – sexta-feira - Matemática

Horário: 
10h para alunos que estudam no turno vespertino
14h para alunos que estudam no turno matutino

O resultado será divulgado no dia 13 de dezembro às 15 horas. Os descontos serão de: 25% para 1º lugar, 20% para 2º lugar e 15% para 3º lugar.

CESF encerra ano letivo 2012 com missa de Ação de Graças e premiação

Iniciando com missa em Ação de Graças organizada pelo 9º ano, juntamente com os professores Elan Kilder e Elson Ricardo, o Cesf encerrará o ano letivo no próximo dia 3 de dezembro de 2012.

Como sempre os alunos farão algumas apresentações artísticas e nós faremos as premiações através das quais buscamos incentivar nossos alunos, a saber:

  • Prêmio ORU de Redação, maior prêmio da escola – uma bolsa integral para 2013, sorteada entre os alunos participantes da coletânea de textos 2012 que publicamos como culminância do Projeto Viva a Língua Portuguesa.
  • Prêmio ORU Conhecimento – bolsa de 40% sorteada entre os alunos Ficha Azul. Isto é, alunos que durante o ano obtiveram sempre notas na média ou acima dela.
  • Prêmio ORU Assiduidade – bolsa de 40% sorteada entre os alunos que não tiveram faltas durante todo o ano letivo.
  • Prêmio Monteiro Lobato – diploma conferido ao aluno maior leitor de nosso Clube de Leitura em cada nível de ensino.
  • Prêmio Profª Lucia – diploma conferido ao aluno vencedor da Olimpíada Interna de Matemática em cada um dos seus quatro níveis.

Esperamos contar com a presença dos pais para aplaudir nossos alunos, ou seja, seus filhos!

As atividades se realizarão no decorrer do dia com horários diferenciados para entrega de resultados. Haverá também nosso já tradicional almoço de confraternização entre alunos, funcionários e professores.

Observação: Na Secretaria, os pais, responsáveis e alunos poderão obter informações relativas a Recuperação, Seleção de alunos novos e Matrículas 2013.
A Direção

sábado, 10 de novembro de 2012

Prova Brasil será obrigatória a escolas particulares em 2013


Brasília - A partir do ano que vem, todas as escolas particulares do País deverão ser obrigadas a fazer a Prova Brasil, avaliação aplicada pelo governo federal aos alunos da rede pública a cada dois anos, usada para calcular o Ideb e avaliar o desempenho do sistema. Atualmente, apenas uma amostra das escolas privadas realiza essa prova.

O objetivo do governo, de acordo com o ministro da Educação. Aloizio Mercadante, seria obter uma análise mais aprofundada desse universo. "Vamos tornar obrigatória para a rede privada a Prova Brasil a partir de 2013", afirmou o ministro no dia 14 de agosto de 2012.

Na rede privada, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ainda é a maior referência de desempenho, apesar de não ser feito por todos os alunos da escola, apenas pelos que pretendem usá-lo para ingressar em uma universidade federal ou disputar uma bolsa do Programa Universidade Para Todos (ProUni).

A Prova Brasil é aplicada nas 4ª e 8ª séries (5º e 9º ano, respectivamente) do ensino fundamental e no 3º ano do ensino médio. Os alunos respondem a questões de língua portuguesa, com foco em leitura, e de matemática, com foco na resolução de problemas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Filosofia da Informática, por Marilena Chauí


Marilena Chauí

Numa Obra intitulada A sociedade informática, o pensador Adam Schaff se refere à “revolução da microeletrônica” e nota que, mesmo sem nos darmos conta, estamos rodeados por ela, desde os pequenos objetos de uso cotidiano, como o relógio de quartzo, a calculadora de bolso e o telefone celular, até os computadores e os vôos espaciais. Menciona também a “revolução na microbiologia”, com a descoberta do código genético dos seres vivos, da qual seguiu a engenharia genética, que pode alterar o código genético das plantas, animais e seres humanos. Menciona ainda a “revolução da energia nuclear”, obtida mediante a fissão e fusão controladas de átomos, podendo propiciar aos humanos recursos energéticos praticamente ilimitados, embora tenha sido prioritariamente usada para fins militares. Schaff denomina essas grandes mudanças de “segunda revolução técnico-industrial”, escrevendo:

Trata-se da segunda revolução técnico-industrial. A primeira, que pode ser situada entre o final do século XVIII e início do século XIX e cujas transformações ninguém hesita em chamar de revolução, teve o grande mérito de substituir na produção a força física dos homens pela energia das máquina (primeiro pela utilização do vapor e mais adiante sobretudo pela utilização da eletricidade). A segunda revolução, a que estamos assistindo agora, consiste em que as capacidade intelectuais do homem são ampliadas e substituídas por autômatos que eliminam com êxito crescente o trabalho humano na produção e nos serviços.

O ponto importante assinalado por Schaff é a diferença entre os antigos objetos técnicos – que ampliavam a força física humana – e os novos objetos tecnológicos – que ampliam as forças intelectuais humanas, isto é, as capacidades do pensamento, pois são objetos que dependem de informações. De fato, os computadores realizam de modo extremamente rápido operações lógicas que um ser humano levaria muito mais tempo para realizar; possui também uma memória muito superior à melhor memória humana; e está organizado de maneira a autocorrigir a maior parte das falhas e dos enganos que cometer numa operação ou num processo. São os robôs ou autômatos propriamente ditos.

Como a palavra informática indica, os novos objetos tecnológicos produzem e transmitem informações. É nesse sentido que dizemos que seu modelo não é a força física nem mecânica e sim mental ou cerebral.

Computadores controlam as armas e operações militares, os vôos espaciais, as operações de aeroportos, de bancos e bolsas de valores, de sistemas urbanos de tráfego e de segurança, de edifícios denominados “inteligentes”, além de setores inteiros do trabalho industrial e da produção econômica. Estão presentes nos carros de último tipo, nos estabelecimentos comerciais que vendem no atacado e no varejo, nos setores administrativos das instituições públicas e privadas. Encontram-se nas escolas e fazem parte do sistema de ensino e aprendizado dos países economicamente poderosos. Estão presentes nas editoras e produtoras gráficas, nos escritórios de engenharia, arquitetura e advocacia; nos consultórios médicos e hospitais; nas produtoras cinematográficas, fonográficas, televisivas e radiofônicas. Tornaram-se instrumentos de trabalho dos escritores, artistas, professores e estudantes, além de operar como correio e como lazer e entretenimento.

Benjamim falara nos efeitos da reprodução das obras de arte (pelos livros, pelo rádio e pelo cinema). McLuhan previra o término da “galáxia Gutenberg” (isto é, o mundo do livro impresso) com o advento da televisão. Ambos sublinharam as potencialidade de uma difusão cultural sem precedentes, na medida em que os novos meios de comunicação tornaram acessíveis as produções culturais do mundo todo. Esse mesmo efeito pode ser visto com a informática: temos, hoje, acesso imediato a museus inteiros, bibliotecas inteiras, jornais completos em praticamente todas as línguas, disponíveis nos banco de dados informatizados.

A informática opera com o que David Harvey chamou de “compressão espaço-temporal”. De fato, o modo de produção capitalista sempre se baseou no poder econômico sobre o espaço (a propriedade do território pelas empresas privadas e pelos Estados) e sobre o tempo (o controle do tempo socialmente necessário para a produção, distribuição e circulação das mercadorias e de retorno, sob a forma de lucro, do capital investido), mas, atualmente, esse poder agigantou-se porque a tecnologia eletrônica reduz distâncias (comprime o espaço) e porque o retorno do lucro ao capital investido é rapidíssimo (comprime o tempo). A esse respeito, escreve Mcluhan:

No decorrer das eras mecânicas, estendemos nosso corpo no espaço. Hoje, porém, passado mais de um século de tecnologia eletrônica, estendemos o nosso próprio sistema nervoso central num abraço global, abolindo, no tocante ao nosso planeta, tanto o espaço como o tempo.

Ou seja, durante a primeira e a segunda revoluções industriais, o corpo humano estendeu-se no espaço, primeiro com o telescópio, o microscópio e as máquinas a vapor (nos transportes e nas fábricas), o telégrafo, o telefone, o rádio, o cinema e a televisão. Mas agora, com os satélites e a informática, é nosso cérebro ou nosso sistema nervoso central que, por meio das novas máquinas, se expande sem limites, diminuindo distâncias espaciais e intervalos temporais até abolir o espaço e o tempo.

A informática e os satélites colocam o universo on-line durante 24 horas, sem serem impedidos por distâncias e diferenças geográficas, sociais e políticas nem por distinção entre o dia e a noite, ontem, hoje e amanhã. Tudo se passa aqui, como se vê nas chamadas “salas de bate-papo”, em que é possível conversar com pessoas de outro extremo do mundo cuja presença é instantânea; e tudo se passa agora, como se vê nas grandes operações financeiras feitas num piscar de olhos entre empresas ou entre bancos situados nos confins da Terra, embora seus fusos horários sejam completamente diferentes.

Examinaremos alguns aspectos culturais da informática.
1. O computador nunca erra.

Num livro intitulado O que é informática, Ângelo Soares examina o “mito do computador bom”: a idéia mágica de uma máquina que resolve tudo simplesmente com o apertar de um botão, sem nunca errar:

Essa visão mágica do computador é criada nas pessoas e contribui para a construção de um mito: o mito do computador bom. O computador é um ‘ser onipotente’, bom, racional, eficiente, que pensa e resolve todos os problemas apresentados a ele, de forma imparcial, investido de um alto grau de justiça, sem nunca errar. (...) A informática aparece, então, como a chave de um mundo eficiente, infalível, feliz, onde o trabalho será reduzido e o lazer aumentado.

Além disso, a propaganda comercial, bem como a literatura, o cinema e a televisão alimentam esse mito ao apresentar computadores que falam, ouvem sentem, têm vontade, são movidos por sentimentos e emoções, são mais ponderados que os seres humanos (tanto assim que costumam impedir e evitar guerras) e, se erram ou falham, é por alguma interferência indevida de algum ser humano mal-intencionado. A humanização do computador é um dos temas do filme 2001 – Uma odisséia no espaço, no qual o computador HAL 9000 sofre uma “crise nervosa” porque não pode mentir; ou do filme O homem bicentenário, em que o computador é dotado de sentimentos, passa a amar e deseja ser humano, isto é, envelhecer e morrer; ou, enfim a história de Pinocchio no ano 2001, isto é, o computador-criança em disputa com a criança humana pelo amor da mãe, no filme Inteligência artificial.

Como observa Soares, a visão mágica oculta o fato de que o computador é uma máquina e, como tal, produzida, programada, conservada e operada por seres humanos. Há, portanto, trabalho industrial para produzir a máquina e trabalho intelectual e manual de analistas de sistemas (que levantam as necessidades dos usuários), programadores (que elaboram o conjunto de instruções que definem o que e como a máquina vai realizar as operações desejadas pelo usuário), operadores (que ligam e desligam as máquinas, reparam seus defeitos, etc.), preparadores de dados (responsáveis pela elaboração ou recepção e emissão de dados) e digitadores (responsáveis pela entrada de dados no computador). Há pelo menos 35 tipos de trabalhos humanos necessários para que um computador opere.

2. A linguagem informática.
Embora haja indústrias produtoras de computadores na Europa e na Ásia, predominam no Brasil as máquinas de procedência norte-americana. O uso e a posse do computador aparecem para as pessoas como um sinal de status social, poder e prestígio. Por isso, empregar a linguagem técnica em língua inglesa também aparece como prova de participação num mundo técnico avançado e conhecido por poucos. Disso resultam duas conseqüências principais: ou os que ignoram a língua inglesa ficam excluídos do uso do computador, que funciona, portanto, como um poder de exclusão cultural, ou os usuários se habituam a empregar palavras como word, input, output, dumps, download, e-mail, delete, insert, homepage, etc. sem ter a menor idéia do que significam. Ou seja, ao empregar com naturalidade um vocábulo cujo sentido lhe escapa e ao reter palavras como se fossem meras operações de um objeto técnico, o usuário tende a não perceber o computador como uma mercadoria produzida e comercializada por grandes monopólios econômicos internacionais que dominam a competição no mercado e impõe sua linguagem e suas leis.

Seja ao sentir-se excluído, seja ao empregar uma linguagem cujo significado é desconhecido e da qual apenas alguns vocábulos são acessíveis e memorizados para fins operacionais, o usuário do computador tende não só a afirmar implicitamente o caráter misterioso do objeto empregado, mas também a ignorar, de um lado, que a exclusão de muitos não é intelectual e sim social (não estão excluídos por serem incapazes de operar tal objeto e sim porque desconhecem a língua em que as operações foram fixadas) e, de outro, que o uso adequado acarreta dependência econômica e cultural.

3. O poder informático.
Na sociedade contemporânea, a posse de informações (científicas, técnicas, econômicas, políticas, militares) é posse de poder. Os computadores são centros de acumulação de informações e por isso são centros de poder.

Adam Schaff explica que a expressão “sociedade informática”, empregada por ele para designar a sociedade contemporânea, significa uma sociedade na qual todas as esferas da vida pública e da vida privada estão cobertas por processos informatizados e por inteligência artificiais que dão origem a novas gerações de computadores. O problema, diz ele, é saber quem tem a gestão de toda a massa de informações que controla a sociedade, quem utiliza essas informações, como e para que as utiliza. O problema não está em quem sabe e quem não sabe operar um computador (isso se resolve facilmente com treinamento e todas as pessoas podem operá-lo) e sim em quem tem e quem não tem o poder para armazenar e utilizar informações adequadas. O problema, portanto, sendo de poder, é político.

A esse respeito, escreve Ângelo Soares:
O poder não é único e concentrado em um único ponto, mas é distribuído como uma teia [é isto que quer dizer a palavra inglesa web], uma rede por toda a sociedade. Aqui, aparecem as redes de computadores (vários computadores interligados, na maioria das vezes, através de linhas telefônicas). Cada computador, dessa forma, representa um ponto de concentração de poder e, por meio dessa interligação, eles acabam formando uma “teia” de poder, permeando toda a sociedade. Dessa maneira, a informática pode ser vista como um instrumento que propicia o controle da vida das pessoas devido ao seu alto grau de concentração das informações e à alta velocidade com que elas são propagadas. Em poucos segundos pode-se ter acesso a bancos de dados onde se concentra um número muito grande de informações e obter, de qualquer parte do país ou do mundo, várias informações sobre um determinado assunto ou pessoa.

Isso leva esse autor a apontar os três maiores perigos da acumulação e distribuição de informações.

O primeiro perigo é o poder de controle sobre as pessoas porque, com base em informações parciais e dispersas recolhidas em vários arquivos, é possível gerar novas informações que sistematizam as primeiras e permitem reconstituir hábitos, interesses e movimentos das pessoas, como é o caso bastante simples da reconstituição das ações de alguém por meio das centrais telefônicas, que podem dizer para quem alguém telefonou, quantas vezes, por quanto tempo, etc. Dessa maneira, as pessoas podem ser controladas pelos poderes públicos (como o poder policial e o militar).

O segundo perigo, decorrente da centralização da informação, é a posse de informações por pessoas não autorizadas que entram em contato com informações sigilosas tanto do setor público (informações militares, econômicas, políticas) como da vida privada das pessoas (como, por exemplo, as contas bancárias)

O terceiro perigo está na possibilidade de uso de informações por poderes privados para controlar pessoas e instituições, assim como para causar-lhes dano. É o caso da espionagem industrial e política e da ação dos senhores do crime organizado, que usam as informações para praticar seqüestros, chantagens, assassinatos.

É desse imenso poder que, como vimos, trata o filme Matrix.

A afirmação de que os computadores democratizam as informações não é uma tese verdadeira: a informática, tal como vem sendo praticada, está voltada para a concentração e centralização de informações e para controle da vida e das ações dos indivíduos e não para a difusão democrática da informação. Para o computador operar, ele precisa de dados e da centralização dos dados – este é um fato técnico. A democratização da informação, portanto, não pode provir da própria técnica informática, pois esta é centralizadora. A democratização da informação depende de ações políticas da sociedade e dos governos. É o que se vê nas lutas sociais por legislações que impeçam a invasão da vida privada, a espionagem política e militar, etc. É também o que é ilustrado pelo movimento sociopolítico de resistência e luta das personagens de Matrix.


1. Faça um resumo da segunda revolução.
2. De acordo, com o texto existe um mito na informática, qual é esse mito e o seu significado para a sociedade?
3. Qual é o poder da informática que o texto quer tratar? Explique.
4. De acordo com o texto, existe uma linguagem na informática? Qual é essa linguagem? E o que ela implica?

Matrix - O mundo da nossa consciência é uma grande ilusão

Matrix - O mundo da nossa consciência é uma grande ilusão.



Olhe à sua volta. Perceba os detalhes da sua cadeira, do lugar em que você está, da textura das suas roupas, do barulho ao fundo e das cores nesta página. Parecem reais? Eles não poderiam ser, por exemplo, uma simulação feita por um enorme sistema de inteligência artificial? Você pode achar que não, porque eles sempre estiveram ali e – ao contrário dos computadores – cadeiras e páginas de revista nunca travaram de uma hora para outra. Mas pense novamente. Existem muitas pessoas, muito inteligentes, que acham que isso pode ser verdade. Para elas, o mundo talvez não seja como imaginamos. Há até quem acredite que temos 35% de chances de viver mesmo em uma simulação de computador. Ou seja, talvez a trilogia iniciada em 1999 com o filme Matrix não seja tão despropositada quanto parece.

ACORDE, NEO
Os humanos eram ignorantes do que não podiam ver. Havia muitas ilusões, como se eles estivessem mergulhados no sono e se encontrassem em pesadelos. Eles estavam fugindo, perseguindo outros, envolvidos em ataques, caindo de lugares altos ou voando mesmo sem ter asas. Quando acordam, eles não vêem nada. Ao deixar a ignorância de lado, não estimam suas obras como coisas sólidas, mas as deixam para trás como um sonho.” Essas palavras poderiam muito bem ser ditas por Morpheus em um de seus discursos a Neo, mas na verdade são trechos do Evangelho da Verdade, um manuscrito do século IV encontrado em 1945 em um jarro enterrado no Egito. Ele faz parte de um conjunto de manuscritos chamado Nag Hammadi, que descreve a crença dos gnósticos, um grupo de cristãos que viveu entre os séculos II e V e possuía suas próprias escrituras, crenças e rituais. “É a corrente cristã que mais se assemelha à Matrix. Eles acreditavam que nós iríamos acordar do mundo material e perceber que essa não era a realidade verdadeira”, afirma a professora de história da religião Frances Flannery Dailey, do Hendrix College, nos Estados Unidos.

Não são poucas as referências que o filme faz ao cristianismo. Neo é tido como um messias e ressuscita no final do filme. Ele é amigo de Apoc (apocalipse) e Trinity (“trindade” em inglês). A última cidade humana, Zion, é uma referência a Sião, a antiga terra dos judeus, e a nave de Morpheus, Nabucodonosor, tem o nome do rei babilônico que aparece na Bíblia com um sonho enigmático que precisa ser decifrado.

Nenhuma religião, no entanto, tem tantas semelhanças com o filme quanto o budismo. O principal ponto em comum é a idéia de samsara ou maya, segundo a qual as nossas vidas são uma grande ilusão montada pelos nossos próprios desejos. É como se todo o mundo fosse, como diz Morpheus, “uma projeção mental da sua personalidade”. As pessoas estariam presas em um ciclo: elas tratam o que sentem como se fosse real e a ignorância de que aquilo é só uma ilusão as mantém presas a esse mundo. Em uma das cenas do filme, Neo encontra uma criança com trajes de monge budista que entorta uma colher com a mente. O segredo, diz ela, é saber que a colher não existe. Uma vez superada a ilusão, atinge-se o nirvana, um estado que as palavras não podem descrever, em que a noção de indivíduo se perde.

Um dos maiores reforços desse ciclo de ignorância é o fato de estarmos cercados de pessoas que também tratam as ilusões como se fossem reais. “Essa idéia foi bem retratada no filme como uma rede de computadores que liga as percepções dos indivíduos, permitindo que um reforce no outro a ilusão de um mundo que não existe”, diz a historiadora Rachel Wagner, da Universidade de Iowa, que, assim como Frances, é autora de um texto comparando o filme às religiões.

O caminho para a transcendência é a busca pessoal pela iluminação, tanto para os budistas quanto para Morpheus, que afirma que “ninguém pode explicar o que é a Matrix. Você precisa ver por você mesmo”. Já Buda disse a seus seguidores: “Vocês próprios devem fazer o esforço; os que despertaram são apenas professores”, e a mesma explicação poderia vir de Morpheus: “Estou tentando libertar sua mente, Neo. Mas eu só posso lhe mostrar a porta. Você é quem tem que atravessá-la”. Pegou o espírito da coisa?

As coincidências são muitas, mas a essa altura você pode estar se perguntando se afinal os autores do filme realmente pensaram nisso tudo. Em uma de suas poucas declarações, os irmãos Wachowski disseram ser fascinados pelo budismo e querer colocar elementos da doutrina no filme. Boa parte das referências ao cristianismo também deve ser proposital devido ao grande número de termos bíblicos que aparece na obra. Eles talvez só não tenham tido a intenção de fazer uma alusão direta ao cristianismo gnóstico. Para os pesquisadores, isso é até mais interessante. “Não há certeza sobre a origem do gnosticismo. Algumas pessoas sugerem que ele surgiu da interação entre o judaísmo e religiões como budismo e hinduísmo. Se os autores do filme misturaram conceitos judaico-cristãos com temas orientais e o gnosticismo surgiu como um resultado não-previsto, isso é muito intrigante”, afirma Frances. Para aumentar a coincidência, o nome de Neo na vida real é Thomas, que também é o autor do principal evangelho gnóstico.

A REALIDADE É UM SONHO
Não são só as religiões que aparecem retratadas no filme. Quem passear pelos fóruns de fãs na internet verá pessoas comparando-o às mais diversas (e às vezes contraditórias) correntes da filosofia, psicologia e sociologia. “É uma evidência de que o filme funciona como um mito moderno – assim como as grandes histórias do passado, ele pode ser interpretado de muitas formas”, diz Christopher Grau. Algumas pessoas forçam um pouco a barra nas análises, mas existem algumas teorias que se encaixam tão bem ao filme que, se o autor estivesse vivo, poderia quase processar os diretores por plágio.

O principal deles é o filósofo grego Platão. Um diálogo escrito por ele há quase 2400 anos narra o mito da caverna, uma história semelhante à de Matrix em uma versão, evidentemente, muito mais low-tech. Imagine uma prisão subterrânea em que as pessoas ficam amarradas ao mesmo lugar desde a infância e onde tudo o que conseguem ver são sombras das pessoas e objetos que estão fora. O cárcere é tão eficiente que eles nem percebem que estão presos e pensam que o mundo é mesmo aquele monte de sombras. Caso saíssem, estariam praticamente indefesos – as pernas não funcionariam, os olhos não conseguiriam enxergar e até a mente se recusaria a aceitar o novo mundo. Seria tão chocante que muitos prefeririam voltar para a caverna e esquecer tudo aquilo. Alguns, no entanto, conseguiriam se adaptar, perceber o horror da situação inicial e ter um conhecimento superior e mais verdadeiro sobre o mundo.

Nós humanos seríamos iguais a esses prisioneiros, amarrados a um mundo de aparências que não refletem a verdadeira realidade. A saída, segundo Platão, está na filosofia, na educação e na iluminação. Elas são o caminho para o mundo das formas ou das idéias (os gregos usavam a mesma palavra para as duas coisas), o lugar onde está a essência das coisas, a realidade verdadeira. Soou familiar? Os conselhos de Morpheus também valem para Platão: para chegar lá é preciso um doloroso processo de autoconhecimento que, uma vez conseguido, torna a pessoa sábia, justa e capaz de discernir a realidade da ilusão com a mesma facilidade com que Neo se desvia das balas. Com essa linha de pensamento, Platão se tornou um dos pais da ciência moderna. “O filme lida com temas comuns a quase toda a história da filosofia. Ele não especifica uma teoria ou uma concepção filosófica, apenas brinca com a diferença entre o inteligível e o que a gente vê”, afirma o filósofo Verlaine Freitas, da Universidade Federal de Ouro Preto, que pesquisou as implicações teóricas do filme.

Assim como Morpheus pergunta a Neo se ele já teve um sonho tão real a ponto de se questionar se era sonho ou realidade, René Descartes, pensador francês do século 18, escreveu: “Quando penso sobre meus sonhos claramente, vejo que nunca existem sinais certos pelos quais estar acordado pode se distinguir de estar dormindo. O resultado é que fico tonto e esse sentimento só reforça a idéia de que eu posso estar sonhando”. Ele imaginou a possibilidade de um terrível demônio estar constantemente lhe dando a ilusão de que todas as suas certezas são corretas, quando na verdade elas não fariam qualquer sentido. Mesmo em coisas simples como calcular 2 mais 2, o demônio forneceria sempre os mesmos resultados errados, o que daria a impressão de que eles estão sempre certos. Descartes conclui que, como não podemos provar se esse demônio existe ou não, nenhuma de suas opiniões era segura. Ele e diversos filósofos que vieram depois propuseram saídas para essa cilada filosófica, mas as soluções estão longe de serem aceitas por todos. A questão de se esse demônio existe ou não continua de pé até hoje e é quase igual a outra questão: como garantir que não vivemos na Matrix? Por enquanto, a resposta é, simplesmente, que não há resposta.

Para fundir ainda mais a cabeça dos fãs, os produtores de Matrix estão se esforçando para dificultar a distinção entre sonho e realidade. Os efeitos especiais do filme receberam um belo upgrade: uma técnica chamada cinematografia virtual, capaz de fazer o truque de tempo de bala parecer um vídeo de festa infantil. A invenção simplesmente elimina a diferença entre o que foi filmado no mundo real e o que é obra do computador. O modo convencional de simular objetos com computação gráfica é montá-los de dentro para fora: primeiro fazer o esqueleto, depois cobri-lo com texturas e daí aplicar a iluminação. Essas imagens, vistas por seres humanos como nós, capazes de fazer e reconhecer mais de 10 mil expressões faciais, parecem no máximo um videogame melhorado. A equipe de Reloaded e Revolutions usou uma abordagem diferente, de fora para dentro. Ela filmou os atores utilizando, ao mesmo tempo, cinco câmeras de definição gigantesca, capazes de captar até os poros e defeitos da pele. Depois jogou todo esse material em um software que acompanhou os movimentos de cada irregularidade do rosto e montou a cena, em três dimensões, no computador. Os diretores puderam então filmar do ângulo e com o movimento que quisessem. O resultado é impressionante: em uma cena de Reloaded, Neo luta contra 100 cópias de seu maior adversário, o agente Smith, todas geradas por computador, enquanto o enquadramento faz movimentos em arco que destruiriam qualquer câmera de verdade.

O DESERTO DO REAL
As próprias tecnologias usadas para fazer o filme, com uma estranha ironia, podem dar origem aos primeiros protótipos do que seria a Matrix. Um exemplo é o plano da agência de pesquisa militar do governo americano, a Darpa, que pretende utilizar os mesmos efeitos especiais para criar simulações de campos de batalha mais envolventes. Outras tecnologias que aparecem no filme – computadores inteligentes e a capacidade de carregar informações diretamente ao cérebro – podem ser feitas em algumas décadas, ao menos segundo os pesquisadores mais otimistas. "Esses avanços são viáveis e têm uma boa possibilidade de se tornarem reais ainda durante o nosso tempo de vida", afirma Ray Kurzweil, um dos mais renomados estudiosos de inteligência artificial. Para ele, o motivo é que as tecnologias de diversas áreas têm evoluído em uma escala exponencial, ou seja, elas não só estão se tornando mais rápidas e sofisticadas como a velocidade com que evoluem também está aumentando. Haverá um ponto em que se tornarão tão avançadas que conseguiremos analisar o cérebro humano em seus mínimos detalhes e reconstruí-lo artificialmente. Isso nos permitirá fazer máquinas com algumas características humanas e até misturar neurônios a circuitos eletrônicos para que os dois possam trocar informações.

Existem outros cientistas um tanto mais céticos a esse respeito. Há muita dúvida sobre se é possível reproduzir artificialmente o que o ser humano tem de mais desenvolvido, traços como a consciência, as emoções e o humor. “Certamente um cérebro feito com tecidos biológicos pode ser consciente – somos um exemplo dessa possibilidade. Se utilizarmos outros materiais teremos propriedades diferentes, mas é pouco provável que seja algo que reconheceremos como uma consciência humana”, afirma o psicobiólogo Victor S. Johnston, da Universidade do Novo México, nos Estados Unidos. Essa é outra questão que está longe de ser respondida, mas o interessante é que, para Johnston e muitos outros psicobiólogos, a nossa consciência é uma espécie de realidade virtual. “Ela evoluiu para impor uma interpretação específica das energias e matérias que estão à nossa volta”, diz Johnston. Nada no Universo é, por exemplo, vermelho ou verde em si mesmo. O que existem são ondas eletromagnéticas de determinadas freqüências que são captadas pelos nossos olhos e interpretadas de modo a facilitar a identificação. Assim, objetos que emitem determinadas ondas são chamados de vermelhos e outros, com ondas quase nada menores, são chamados de verdes, apenas para facilitar a identificação. Ao longo do tempo, a evolução permitiu adaptarmos nossas emoções ao que é benéfico para nós. Assim, as substâncias emitidas por comidas podres são fedorentas e com isso as evitamos mesmo sem conhecer as bactérias que as contaminam. Da mesma forma, a perda de um companheiro é triste, o açúcar (que fornece energia) é gostoso e o sexo (que perpetua a espécie) é prazeroso. “Não existem cores, cheiros, gostos ou emoções sem um cérebro consciente. O mundo da nossa consciência é uma grande ilusão”, afirma Johnston.

MATRIX ESTÁ EM TODA PARTE
Construir uma consciência artificial teria implicações muito maiores do que uma série de agentes Smith circulando por aí. Talvez isso seja a própria prova de que a nossa realidade seja de fato uma simulação por computador. Quem garante é o filósofo Nick Bostrom, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, que trabalhou com a possibilidade de um dia criarmos programas de computador que tenham consciência. Em um artigo publicado no mês passado na revista britânica Philosophical Quarterly, ele calcula que existam apenas três possibilidades para o futuro da humanidade. A primeira é que nós seremos extintos antes de construir esses programas, por azar ou porque eles são simplesmente impossíveis de serem feitos. A segunda é que, mesmo que nós possamos fazê-los, não haverá interesse da humanidade em inventá-los, talvez por problemas éticos. A terceira, mais perturbadora, é que nós um dia inventaremos essas consciências simuladas e universos virtuais inteiros para que elas tenham onde viver. Nesses casos, as chances de alguém ter feito isso antes são muito grandes, e nós talvez fôssemos uma dessas simulações. “Seríamos como na Matrix, com a única diferença de não termos um corpo em outra realidade. O cérebro também seria simulado”, diz Bostrom. Tudo bem, sempre resta a esperança de que nós fôssemos o grupo que criou todas as consciências virtuais, o que ele chama de "história original", mas isso seria muito improvável. Para Bostrom, existiriam tantas simulações que precisaríamos de muita sorte para estarmos justamente no único Universo que é real. “As platéias para quem eu apresentei essa teoria ficaram intrigadas, mas por enquanto ninguém achou uma falha no meu argumento”, diz Bostrom. A questão agora é descobrir qual das três propostas é a mais provável – o palpite dele é que seja a segunda, e que as chances de que habitemos um mundo virtual estejam em torno de 25%.

Mesmo que o nosso mundo seja apenas uma realidade simulada, é possível que nossa vida não mude tanto. Afinal, já somos bombardeados tanto por notícias de lugares distantes, detalhes da vida de celebridades, programas de televisão, anúncios, filmes e tantas fotos e imagens que os nossos próprios assuntos ocupam um pedaço cada vez menor do nosso tempo. Essa é uma das teorias do único filósofo citado em Matrix, o francês Jean Baudrillard, autor do livro Simulacros e Simulação, onde Neo esconde os disquetes no início do filme. O curioso é que Baudrillard estaria mais para Cypher – o rebelde que trai o grupo para voltar para a ilusão da Matrix – do que para Morpheus. “Baudrillard prefere trabalhar com a ironia e com os paradoxos a procurar um mundo mais verdadeiro”, diz Juremir Machado da Silva, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, tradutor de muitas das obras do autor. O próprio universo de Matrix, com suas cenas, efeitos e histórias envolventes, é capaz de nos transportar para um outro mundo que não vivemos e fazer com que nós fiquemos alegres, ansiosos e emocionados com acontecimentos que não fazem parte da nossa vida. Se os autores quiserem continuar nessa linha, é possível que, depois de tantas lutas e reviravoltas, Morpheus, Neo e os demais rebeldes percebam que a realidade que tanto lutaram para libertar não é muito mais real do que a que viviam na Matrix.

TUDO É UM COMPUTADOR
O Universo pode ser o mais poderoso simulador existente. 

Qualquer coisa pode ser um processador. Jogue uma moeda para o alto e você terá um tipo de informação – cara ou coroa – que poderá ser traduzida de infinitas formas: ganhar ou não ganhar, sim ou não, zero ou um, existir ou não existir. Cada opção é igual ao tipo mínimo de informação utilizada pelos computadores – os bits – e, ao modificá-la, podemos dizer que a moeda está processando dados.

Agora imagine o movimento de cada átomo que existe no Universo. Ele também se desloca no espaço, oscila entre um número de estados possíveis e, dessa forma, funciona como um processador. Tudo o que existe no Universo segue essa lógica. Você e a revista à sua frente, só por existirem, por evoluírem com o tempo, estão processando informação. O universo é, na verdade, um enorme computador.

O físico John Archibald Wheeler, criador do termo buraco negro, pesquisou idéias como essas ao longo dos anos 80 e concluiu que, em um nível ainda mais básico do que quarks, múons e as menores partículas que conhecemos, a matéria era composta de bits. “Cada partícula, cada campo de força e até mesmo o espaço-tempo derivam suas funções, seu sentido e sua existência de escolhas binárias, de bits. O que chamamos de realidade surge em última análise de questões como sim/não”, afirmou Wheeler em uma palestra feita em 1989. É como se, em um determinado nível, a matéria se tornasse tão pequena que tudo o que sobra é a informação.

A teoria descreve fenômenos tão básicos que talvez nem seja possível um dia testá-la, mas existem pesquisas muito sérias sendo feitas nessa área”, afirma o físico Paulo Teotônio Sobrinho, da Universidade de São Paulo.

A teoria deu origem à ciência da física digital, que possui uma maneira bem peculiar de descrever os fenômenos. Quando, por exemplo, um átomo de oxigênio se junta a dois de hidrogênio para formar água, é como se cada um usasse as questões do tipo sim/não para avaliar todos os possíveis ângulos entre eles até optar pelo mais adequado. No final, a impressão é que os átomos fizeram uma simulação dos processos físicos. Se tudo for mesmo feito de bits, o Universo poderá ser uma enorme simulação, muitas vezes mais potente que a Matrix. É preciso um enorme poder computacional para rodar todos esses processos, o que inspira os cientistas a construir computadores quânticos capazes de aproveitar grande parte dessa potência.

Uma questão que surge então é que tipo de programa o Universo estaria rodando. É possível que o software de todas as coisas seja simples, com talvez não mais de quatro instruções repetidas muitas vezes. Quem afirma é Stephen Wolfram, um físico que completou seu doutorado aos 20 anos, criou aos 27 o bem-sucedido software Mathematica e se tornou milionário. Dedicou então os 15 últimos anos para desenvolver sua teoria, divulgada no ano passado.

A idéia é simples: faça uma linha de quadrados e pinte um deles de preto. Desenhe outra igual embaixo e, na hora de colorir, invente regras simples, como deixar pretos somente os espaços que tiverem uma outra célula escura na diagonal superior. Repita a operação milhares de vezes. Dependendo do caso, é possível construir imagens de enorme complexidade com apenas três ou quatro regras.

O Universo poderia funcionar da mesma forma, com regras simples elaboradas no início dos tempos, repetidas até gerar todas as coisas que conhecemos...

Bem, vou ficando por aqui...

Agora é com você! A vermelha ou a azul?




1. Expresse em forma de texto a sua opinião, sobre a nossa realidade, ela existe ou não? Fique a vontade para dizer o que pensa, contudo haja com ética naquilo em que escreverá.